quarta-feira, 31 de março de 2010

ABRIL DESPEDAÇADO

“Foucault e o anarquismo”

14/04, quarta-feira as 19h

Centro de Cultura Social

Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

www.ccssp.org

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terça-feira, 30 de março de 2010

(des)encontros anárquicos de literatura

ACESSE:

ALBERT CAMUS - ESTUDO DA OBRA DO ESCRITOR E FILÓSOFO


(des)encontros anárquicos de literatura

A literatura só  vale a pena como experiência que faz o pensamento pensar como atividade digestiva: modificando e afetando singularmente os corpos.
Os (des)encontros anárquicos de literatura pretendem ser experiências de pensamento, alimento para aplacar a sofreguidão de palavras.

Leia o livro e traga uma bebida.

17/04, sábado as 20h

Centro de Cultura Social

Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

www.ccssp.org


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Oficina Libertária 2010

ABRIL DESPEDAÇADO

CENTRO DE CULTURA SOCIAL
UM ENCONTRO  COM:


“Foucault e o anarquismo”


14/04, quarta-feira as 19h:
Apresentaçao:
uma cartografia da problematica “Foucault e o anarquismo”

Centro de Cultura Social

Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metro Republica)

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(des)encontros anárquicos de literatura

segunda-feira, 29 de março de 2010

(des)encontros anárquicos de literatura

Albert  Camus por Jean-Paul Sartre

(Escrito um dia após a morte de camus)

Camus era uma aventura singular de nossa cultura, um movimento cujas
fases e cujo termo final tratávamos de compreender. Representava neste
século e contra a história, o herdeiro atual dessa longa fila de
moralistas cujas obras constituem talvez o que há de mais original nas
letras francesas. Seu humanismo obstinado, estreito e puro, austero e
sensual, travava um combate duvidoso contra os acontecimentos em massa
e disformes deste tempo. Mas, inversamente, pela teimosia de suas
repulsas, reafirmava, no coração de nossa época, contra os
maquiavélicos, contra o bezerro de ouro do realismo, a existência do
fato moral. Era, por assim dizer, esta inquebrantável afirmação. Por
pouco que se o lesse ou refletisse a respeito, chocávamos com os
valores humanos que ele sustentava em seu punho fechado, pondo em
julgamento o ato político.

Inclusive seu silêncio, nestes últimos anos, tinha um aspecto
positivo: este cartesiano do absurdo se negava a abandonar o terreno
seguro da moralidade e entrar nos incertos caminhos da prática. Nós o
adivinhávamos e adivinhávamos também os conflitos que calava, pois a
moral, se se a considera, exige e condena juntamente a rebelião.
Qualquer coisa que fosse o que Camus tivesse podido fazer ou decidir a
sua frente, nunca teria deixado de ser uma das forças principais de
nosso campo cultural, nem de representar a sua maneira a história da
França e de seu século.

A ordem humana segue sendo só uma desordem; é injusta e precária; nela
se mata e se morre de fome; mas pelo menos a fundam, a mantêm e a
combatem, os homens. Nessa ordem Camus devia viver: este homem em
marcha nos punha entre interrogações, ele mesmo era uma interrogação
que procurava sua resposta; vivia no meio de uma longa vida; para nós,
para ele, para os homens que fazem com que a ordem reine como para os
que a recusam, era importante que Camus saísse do silêncio, que
decidisse, que concluísse. Raramente os caracteres de uma obra e as
condições do momento histórico exigiram com tanta clareza que um
escritor viva.

Para todos os que o amaram há nesta morte um absurdo insuportável.
Mas, teremos que aprender a ver esta obra truncada como uma obra
total. Na medida mesmo em que o humanismo de Camus contém uma atitude
humana frente à morte que havia de surpreendê-lo, na medida em que sua
busca orgulhosa e pura da felicidade implicava e reclamava a
necessidade desumana de morrer, reconheceremos nesta obra e nesta
vida, inseparáveis uma de outra, a tentativa pura e vitoriosa de um
homem reconquistando cada instante de sua existência frente à sua
morte futura.

JEAN-PAUL SARTRE

Tradução: Jorge Luis Gutiérrez
Revisão: Terezinha Arco e Flexa

17/04, sábado as 20h:
“O Estrangeiro” de Albert Camus.
Centro de Cultura Social

Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metro República)

www.ccssp.org
Yara Nastari e franciscoripo
SAÚDE E ANARQUIA

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CENTRO DE CULTURA SOCIAL - LITERATURA e CINEMA

ABRIL

(des)encontros anarquicos de literatura
      17/04, sabado as 20h:
    “O Estrangeiro” de Albert Camus. Leia o livro e traga uma bebida.  cinema & anarquia
18/04, domingo as 19h:
“O estrangeiro” dir. de Luchino Visconti (Italia, 1967).


Centro de Cultura Social
Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

CENTRO DE CULTURA SOCIAL

ABRIL


(des)encontros anarquicos de literatura

      17/04, sabado as 20h:

      “O Estrangeiro” de Albert Camus.

      Leia o livro e traga uma bebida. 
       


      cinema & anarquia

    18/04, domingo as 19h:

    “O estrangeiro” dir. de Luchino Visconti (Italia, 1967).
     

    Centro de Cultura Social

    Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

    www.ccssp.org

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terça-feira, 23 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

(des)encontros anárquicos de literatura

CENTRO DE CULTURA SOCIAL - SP

Senti que podia. Fora feita para libertar. Libertar era uma palavra
imensa, cheia de mistérios e dores.
Clarice Lispector

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Obra completa acesse:



 
Mikhaïl Michel BakounineAleksandrovitch Bakounine

OBRA COMPLETA ACESSE:

Mikhaïl Michel BakounineAleksandrovitch Bakounine

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quarta-feira, 17 de março de 2010

ANARQUIA

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. (Perto do Coração Selvagem)

Lembrete:
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Clarice Lispector
    Leia o livro e traga uma bebida
    20/03, sábado as 20h:
    “A hora da estrela” de Clarice Lispector. 
Centro de Cultura Social
Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)
Obrigado,
Yara e franciscoripo

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. (Perto do Coração Selvagem)

Lembrete:

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Clarice Lispector

    20/03, sábado as 20h:

    “A hora da estrela” de Clarice Lispector. 

Centro de Cultura Social

Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

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Obrigado,

Yara e franciscoripo

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Saul Newman: Postanarchism between Politics and Anti-Politics...

Conference at Manchester Metropolitan University, UK - Department of Politics & Philosophy, Workshops in Political Theory - 6th Annual Conference, Sept 2 - 4, 2009: Anarchism Panel

Saul Newman - Conference

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terça-feira, 16 de março de 2010

"Do governo dos vivos"

"Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês vêem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação."
 Michel Foucault, "Do governo dos vivos".

segunda-feira, 15 de março de 2010

Centro de Cultura Social

O Centro de Cultura Social de São Paulo foi fundado em 14 de janeiro de 1933 como remanescente das entidades culturais criadas pelo movimento anarco-sindicalista e libertário nas primeiras décadas do século XX
e agora voce encontra-lo
no
Febook
Centro de Cultura Social

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CENTRO DE CULTURA SOCIAL - LITERATURA e CINEMA

(des)encontros anárquicos de literatura
A literatura só  vale a pena como experiência que faz o pensamento pensar como atividade digestiva: modificando e afetando singularmente os corpos. Os (des)encontros anárquicos de literatura pretendem ser experiências de pensamento, alimento para aplacar a sofreguidão de palavras. Leia o livro e traga uma bebida.
 
    20/03, sábado as 20h:
    “A hora da estrela” de Clarice Lispector. 
    Sábado, 20/03, acontece nosso primeiro encontro de literatura: esperamos por você. Ainda dá tempo para ler
    e no domingo
cinema & anarquia
Experiência do tempo incessantemente renovado, o cinema faz ver o imperceptível num movimento que atualiza imagens de subversão e subversões da imagem. A proposta de Cinema & Anarquia é articular a imagem-movimento do cinema com o pensamento em movimento da literatura. 
    21/03, domingo as 19h:
“A hora da estrela” dir. de Suzana Amaral (Brasil, 1985).
    Obrigado,
    Yara Nastari e Francisco Ripo.
    Saúde e Anarquia
Centro de Cultura Social
Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)
www.ccssp.org

    CENTRO DE CULTURA SOCIAL

    (des)encontros anárquicos de literatura

    A literatura só  vale a pena como experiência que faz o pensamento pensar como atividade digestiva: modificando e afetando singularmente os corpos. Os (des)encontros anárquicos de literatura pretendem ser experiências de pensamento, alimento para aplacar a sofreguidão de palavras. Leia o livro e traga uma bebida. 
     

      20/03, sábado as 20h:

      “A hora da estrela” de Clarice Lispector. 


      Sábado, 20/03, acontece nosso primeiro encontro de literatura: esperamos por você. Ainda dá tempo para ler

      e no domingo

    cinema & anarquia

    Experiência do tempo incessantemente renovado, o cinema faz ver o imperceptível num movimento que atualiza imagens de subversão e subversões da imagem. A proposta de Cinema & Anarquia é articular a imagem-movimento do cinema com o pensamento em movimento da literatura. 

      21/03, domingo as 19h:

    “A hora da estrela” dir. de Suzana Amaral (Brasil, 1985).

      Obrigado,

      Yara Nastari e Francisco Ripo.

      Saúde e Anarquia



    Centro de Cultura Social

    Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metrô República)

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    Untitled

    domingo, 14 de março de 2010

    Centro de Cultura Social

    Acesse para ver  a programação.
    Obrigado,
    Saúde e Anarquia!

    CENTRO DE CULTURA SOCIAL

    quinta-feira, 11 de março de 2010

    Michel Foucalt

    arquivos
    Michel Foucalt - Do governo dos vivos (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980) PDF Imprimir E-mail

     Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980) Michel Foucault (tradução de Nildo Avelino)

    "Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês vêem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação."

    baixar arquivo em: Foucault, Michel - Do governo dos vivos.pdf

     

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    terça-feira, 9 de março de 2010

    Michel Foucault

    Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980)
    Michel Foucault (tradução de Nildo Avelino)

    "Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês vêem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação."

    Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980) Michel Foucault (tradução de Nildo Avelino)

    Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980)
    Michel Foucault (tradução de Nildo Avelino)

    "Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês vêem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação."

    Leia mais: Michel Foucault, "Do governo dos vivos".

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    segunda-feira, 8 de março de 2010

    CCS: Programação 1-2010

    CENTRO DE CULTURA SOCIAL

    Convida para:

    1. oficina

    2. literatura

    3. cinema

    ---------- * ----------

    1.    oficina: “Foucault e o anarquismo”

     

    Coordenação de Nildo Avelino*

     

    O objetivo da oficina é propor um estudo sobre as relações entre a reflexão política e filosófica de Michel Foucault e o pensamento anarquista de Pierre-Joseph Proudhon e Errico Malatesta.

    A pertinência em estudar “Focault e o anarquismo” está no fato de que, desde os anos 1990, tornara-se evidente que os efeitos na política e na filosofia produzidos pela crítica foucaultiana do Sujeito e do Poder afetaram enormemente não apenas as Ciências Humanas, mas também, e de uma maneira extraordinária, os modos através dos quais eram percebidas as tradições políticas liberal, marxista e anarquista. A força inovadora do “efeito Foucault” em relação anarquismo pode ser vista pelos trabalhos de Todd May e Salvo Vaccaro, que constituem o início do que se tornou em nossos dias um vasto campo discursivo sobre um problema importante no debate anarquista: o chamado pós-anarquismo ou neo-anarquismo.

    Todavia, apenas recentemente nota-se um empenho, sobretudo na Europa, em compreender complexivamente o alcance e os desdobramentos que resultam dessa problemática para o anarquismo. E é com este intuito que se lança mais esta oficina libertária: “Foucault e o anarquismo” busca apreender a força inovadora desta interseção de potências no pensar libertário.

     

    Proposta de estudos:

    I) 14/04, quarta-feira as 19h:

    Apresentação:

    uma cartografia da problemática “Foucault e o anarquismo”

     

    Indicações para leitura:

    BEY, Hakim. “Anarquia do Pós-Anarquismo”. Disponível em: http://pt-br.protopia.wikia.com/wiki/Anarquia_do_Pós-Anarquismo.

    MAY, Todd. “Pós-estruturalismo e anarquismo”. Margem, São Paulo, nº 5, 1996, p. 171-185.

    VACCARO, Salvo. “Foucault e o anarquismo”. Margem, São Paulo, nº 5, 1996. p. 158-170.

     

    II) 05/05, quarta-feira as 19h:

    Proudhon e Foucault, por uma “filosofia relacional”**

     

    III) 26/05, quarta-feira as 19h:

    Errico Malatesta e Michel Foucault sobre o fascismo**

     

    IV) 16/06, quarta-feira as 19h:

    “Anarquismo e governamentalidade” ou uma concepção analítica do poder**

     

    V) 26/06, sábado as 16h:

    “Anarqueologia dos saberes”: apresentação e lançamento do livro Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (excertos), de Michel Foucault (Editora Achiamé, Rio de Janeiro, trad. de Nildo Avelino).

     

     

    (*) Nildo Avelino é Doutor em Ciência Política pela PUC-SP e Pós-Doutorando em História Política pelo IFCH/UNICAMP. É pesquisador na área de Teoria Política sobre os temas: anarquismo, governamentalidade, anarqueologia. Participou, em setembro de 2009, do seminário internacional “Anarchismo, post-anarchismo e nuovi movimenti antiautoritari nella società contemporanea” realizado em Pisa pela Biblioteca Franco Serantini no âmbito da XIV Conférence Internationale della Fédération Internationale des Centres d'Études et de Documentation Libertaires (FICEDL), bem como do workshop “Anarchism” coordenado por Ruth Kinna durante a 6th Annual Conference in Political Theory da Manchester Metropolitan University. É militante do CCS desde 1991.
    (**) as indicações de leitura serão fornecidas na 1ª sessão. Os textos poderão ser xerocados na sede do CCS.

     

     

    As Oficinas Libertárias do Centro de Cultura Social

     

    Iniciadas em 2008, as oficinas libertárias do CCS promovem uma outra modalidade de saber que se pretende distinto da aula ou da palestra. Sua dinâmica está mais concernida com o grupo de estudos que traz a marca do autodidatismo. Mas isto não é tudo. Oficina é um lugar onde se elabora, se fabrica, constrói ou conserta coisas que não são simplesmente nem da ordem da lógica nem do conceito, mas que indicam uma habilidade, uma aptidão ou astúcia, um saber-fazer. Na oficina o saber não se pretende causal, mas se quer relacional na medida em que propõe efetuar-se materialmente produzindo uma transformação em seu interlocutor. O saber, seja ele a física do globo ou os fenômenos da consciência, só interessam para a oficina se relacionados à transformação do sujeito, como saberes ético-políticos.

    O “método” praticado pela oficina porta duas dimensões importantes: 1. o diálogo. Na oficina não há professor, cada um é ator e espectador no teatro do saber. Por isso as oficinas serão quanto possível dialógicas. Espera-se que o diálogo possa fazer valer a vontade de saber individual, permitindo quebrar as hierarquias instauradas pela ordem do saber. Como é próprio das oficinas, cada um é portador de capacidades e saberes desiguais. Ao contrário de instaurar uma relação hierárquica, a desigualdade deve dar lugar a relações igualitárias diferenciadas. 2. o prazer. As oficinas funcionam como grupo, associação, ou comunidade de estudo. A Academia de Atenas era famosa não somente pelo estudo da filosofia, mas por incitar um estilo de vida filosófico; o jardim de Epicuro se dedicava à filosofia e ao cultivo de hortaliças. A oficina se propõe como grupo de convivência libertária para fazer do processo de conhecimento uma atividade prazerosa, um hedonismo do saber.

    As Oficinas Libertárias do Centro de Cultura Social estão abertas a todos que desejem compartilhar das práticas acima descritas.

     ---------- * ----------

    2. (des)encontros anárquicos de literatura

    A literatura só vale a pena como experiência que faz o pensamento pensar como atividade digestiva: modificando e afetando singularmente os corpos. Os (des)encontros anárquicos de literatura pretendem ser experiências de pensamento, alimento para aplacar a sofreguidão de palavras. Leia o livro e traga uma bebida.
     
    20/03, sábado as 20h:
    “A hora da estrela” de Clarice Lispector.
     
    17/04, sábado as 20h:
    “O Estrangeiro” de Albert Camus.
     
    15/05, sábado as 20h:
    “Lavoura Arcaica” de Raduan Nassar.
     
    12/06, sábado as 20h:
    “O Processo” de Franz Kafka.

     ---------- * ----------

    3. cinema & anarquia

    Experiência do tempo incessantemente renovado, o cinema faz ver o imperceptível num movimento que atualiza imagens de subversão e subversões da imagem. A proposta de Cinema & Anarquia é articular a imagem-movimento do cinema com o pensamento em movimento da literatura.
     
    21/03, domingo as 19h:
    “A hora da estrela” dir. de Suzana Amaral (Brasil, 1985).

     

    18/04, domingo as 19h:

    “O estrangeiro” dir. de Luchino Visconti (Itália, 1967).

     
    16/05, domingo as 19h:
    “Lavoura Arcaica” dir. de Luiz Fernando Carvalho (Brasil, 2001).

     

    13/06, domingo as 19h:

    “O Processo” dir. de Orson Welles (Alemanha/França/Itália, 1962).

     

     

    Centro de Cultura Social

    Rua Gal. Jardim, 253 sala 22 (metrô República)

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    terça-feira, 2 de março de 2010

    EVENTO VIVA PIVA!

     

    A grande poesia de Roberto Piva precisa de ajuda. Este evento é para arrecar fundos visando o tratamento da sua delicada saúde. Pedimos a colaboração na divulgação. Para doações à distância, seguem seus dados bancários:

    Itaú
    Agência 0036
    Conta corrente: 20592-0
    CPF 565 802 828-00

    AMIGOS...